Nesta última semana de junho, ocorreram fatos econômicos no Brasil que podem fornecer mais detalhes sobre o comportamento e as perspectivas futuras da economia brasileira. Entre os principais eventos, destacam-se a divulgação da ata do Copom do Banco Central Brasileiro, os dados de inflação de junho e as mudanças nas metas de inflação.
Ata do Copom
Na última terça-feira, 25 de junho, foi divulgada a ata do Copom do Banco Central Brasileiro, detalhando a decisão tomada na semana passada, que manteve a taxa Selic em 10,50% ao ano, interrompendo os cortes sucessivos dos juros brasileiros. Os votantes ressaltaram a unanimidade na decisão, destacando a ausência de divisões internas. Também foi expressa preocupação com as projeções de aumento na inflação e com cenários internos e externos que promovem instabilidades na economia.
Gabriel Galípolo, Diretor de Políticas Monetárias do Banco Central, afirmou em uma videoconferência que a ata revelada na terça-feira demonstra uma coesão de visões na diretoria do Banco Central. Além disso, os juros neutros, que nem estimulam nem contraem a economia, foram alterados de 4,50% para 4,75%.
Inflação
Na última quarta-feira, 26 de junho, foram divulgados os dados do IPCA-15, a prévia da inflação de junho, que registrou um aumento de 0,39%, acumulando mais de 4% em 12 meses. Sete dos nove grupos de produtos apresentaram alta, com destaque para alimentos e bebidas, que tiveram o maior impacto.
Além disso, foram alteradas as metas de inflação, que anteriormente eram definidas no calendário anual. A partir de 2025, será adotado o sistema de meta contínua, com uma meta de 3% de inflação ao ano, com uma tolerância de 1,50% para mais ou para menos.
Análise
Com essas informações, o dólar na segunda-feira estava cotado abaixo de R$ 5,40 e, ao final da quarta-feira, fechou em R$ 5,51. Isso reflete a preocupação com os gastos governamentais e o aumento de impostos, além da inflação.
É certo que na quarta-feira o dólar se valorizou em relação a todas as moedas do mundo devido a informações do Banco Central dos Estados Unidos. Contudo, o real brasileiro foi a moeda que mais perdeu poder de compra, influenciado pelos dados econômicos nacionais mencionados.
Olhando para o futuro, economistas continuam preocupados com a alta da inflação e os riscos fiscais das contas da União, somados à possibilidade de não haver cortes de juros nos Estados Unidos, o que dificultaria a redução da taxa Selic, mantendo o dólar em uma cotação alta e pressionando a inflação. Nesse cenário, é possível que ocorra uma estagnação econômica ou até mesmo uma crise, dependendo dos desenvolvimentos na economia doméstica e internacional. É importante acompanhar constantemente os dados econômicos, que são atualizados a todo momento, para entender a evolução dos fatos.
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