O ex-presidente Donald Trump foi eleito o 47º presidente dos Estados Unidos ao vencer as eleições americanas de 2024. Economistas, analistas e investidores agora avaliam como a economia americana se comportará durante este novo governo, quais serão suas prioridades e políticas econômicas, bem como os impactos globais dessas ações.
Vitória de Trump
Na madrugada de 6 de novembro, o estado da Pensilvânia finalizou a apuração dos votos e declarou a vitória de Trump, acrescentando ao colégio eleitoral 19 delegados essenciais para a eleição presidencial. Nos Estados Unidos, os presidentes precisam vencer em estados estratégicos para obter pelo menos 270 delegados e garantir a vitória.
A Pensilvânia, com seus 19 delegados, é um estado historicamente disputado entre democratas e republicanos. Nas últimas décadas, vencer nesse estado muitas vezes definiu o resultado eleitoral. Neste ano, o estado voltou a pender para o lado republicano. Um dos principais fatores considerados pelo eleitorado nas eleições atuais foi a economia, com destaque para a inflação e o poder de compra. Nos últimos meses, os norte-americanos enfrentaram aumentos de preços em vários setores, agravando o custo de vida, em grande parte devido ao aumento dos gastos governamentais e a fatores externos como crises e conflitos internacionais.
Em resposta a essas questões, os eleitores passaram a olhar com maior atenção para o Partido Republicano, que defende uma política econômica mais voltada para as questões internas. Com isso, além de consolidar a vitória para Trump, os republicanos também conquistaram a maioria no Senado, na Câmara dos Deputados e nas eleições para governadores, o que deve facilitar a implementação das políticas econômicas do novo governo.
Política econômica de Trump
Donald Trump, empresário e investidor, adota uma visão econômica alinhada à direita, com foco em cortes de impostos para promover o crescimento do PIB, aumentar a eficiência e estimular o consumo interno. A intenção é tornar os Estados Unidos mais atrativos para empresas e investidores, aumentando a procura pelo dólar e fortalecendo a moeda a longo prazo.
Outro ponto de destaque em sua política é a desburocratização, com o objetivo de facilitar a atividade econômica e ampliar a liberdade para fazer negócios. Além de reduzir os gastos governamentais e buscar o equilíbrio das contas públicas, essa abordagem deve acelerar o crescimento das empresas, promover inovação e tecnologia e incentivar novos projetos da iniciativa privada, garantindo segurança jurídica e impulsionando o mercado.
Caso essas políticas sejam implementadas, espera-se um crescimento econômico expressivo, mas que pode vir acompanhado de um cenário inflacionário. Em períodos de alta prosperidade, o consumo tende a crescer, ampliando a demanda e exigindo que a oferta acompanhe esse movimento, o que pode resultar em elevações de preços. Esse será um dos desafios a serem enfrentados pela equipe econômica de Trump.
Outro aspecto relevante é o protecionismo em relação às empresas americanas. O governo Trump, com uma postura mais nacionalista, deve priorizar as questões internas, e empresas estrangeiras que prejudiquem as companhias locais poderão ser sancionadas ou taxadas para favorecer a indústria americana. A relação com a China também deve seguir essa linha, com a possível continuidade da guerra comercial, o que implica sobretaxar produtos chineses para fortalecer a economia interna dos EUA. Produtos de qualquer país que rivalizem com os americanos poderão ser tarifados para reduzir sua participação no mercado.
Assim, se nenhum fator externo significativo interferir, espera-se, a longo prazo, uma valorização do dólar em relação a outras moedas, crescimento econômico elevado, maior consumo, ampliação das margens de lucro das empresas, avanços na desburocratização, possíveis pressões inflacionárias, taxação de produtos estrangeiros, intensificação da guerra comercial com a China e uma clara prioridade às questões internas dos EUA.
Geopolítica de Trump
Com a prioridade dada às questões internas, é possível que os Estados Unidos diminuam o apoio a conflitos externos, como o da Ucrânia. Contudo, alguns especialistas apontam que, ao ter acesso a informações sigilosas, Trump poderá rever esse posicionamento e continuar, ainda que de forma moderada, o apoio ao país.
No Oriente Médio, o apoio a Israel pode ser intensificado devido a interesses comuns na região, o que poderia aumentar a tensão local e afetar o preço do petróleo. Entretanto, os EUA são parcialmente autossuficientes devido ao petróleo de xisto, o que reduz o impacto na economia americana.
Na Ásia e no Pacífico, os Estados Unidos provavelmente buscarão fortalecer alianças com países como Japão, Coreia do Sul, Austrália, Filipinas e Taiwan, promovendo acordos comerciais, tecnológicos e militares para contrabalançar a influência chinesa na região e atuar como contraponto à Nova Rota da Seda da China.
Em relação ao Brasil, poderão surgir atritos ideológicos entre os dois governos. O agronegócio brasileiro, que compete diretamente com o setor norte-americano, pode ser alvo de divergências futuras. Além disso, a proximidade do Brasil com a China pode gerar desconfortos, embora o corpo diplomático brasileiro, com vasta experiência, tenha condições de equilibrar as relações com as duas potências econômicas, evitando atritos.
Conclusão
Com a confirmação da vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, esses são os principais pontos a serem observados e debatidos. Os norte-americanos decidiram o caminho que desejam trilhar internamente; resta agora acompanhar de perto os desdobramentos e os efeitos do novo governo Trump. Este texto é um panorama atual e um resumo das notícias da campanha eleitoral. Dado o dinamismo e a complexidade dos temas envolvidos, é fundamental manter-se atualizado sobre os próximos acontecimentos.
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